Cool For The Summer : Desvendando entre linhas
A palavra chave em “Cool For The Summer” é corpo. É um hit lançado sem pretensões de ser a música salvadora do pop e, muito menos, aquela que vai salvar o verão de todo mundo. “Cool For The Summer” apenas é e, se ela não veio com nenhuma das intenções mencionadas anteriormente, o mérito de conseguir ser o melhor single (até agora) que possa embalar os dias de sol de alguém já é de Demi Lovato e de Max Martin sem nenhum esforço. Que me desculpem e não me ouça Britney Spears, Iggy Azalea e a “Pretty Girls” delas. Foi feito muito barulho pra pouco maracatu. Sabe a batida de “Cool For The Summer”? Então, ela nos coloca com um pezinho no passado, mas a produção inteira da canção não nega que é pop atual, do dedilhar do piano até a irresponsabilidade que é tema da canção. Aliás, falando na temática trazida na letra, é perceptível uma alusão a uma relação lésbica: “Got a taste for the cherry, I Just need to take a bite”, expressão americana onde “cherry” que dizer vagina, pepeca, xoxota, enfim, o nome que for mais usado aí na sua cidade pra o órgão sexual feminino. O interessante é que a temática não aparece clara no clipe e, quando aparece, é rápido demais fazendo com que não seja o tema central da canção.
“Cool For The Summer” não é uma canção gay apenas por causa de uma expressão vinda do meio, mas do esconder-se, da premissa de que ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo, atualmente, queira ou não, ainda é algo que deve ser escondido: “I’m a little curious too”, “I can keep a secret could, you?”, “Don’t tell your mother”. Mas Demi chega pra dizer que tá tudo certo, e manda todo mundo se jogar e ser feliz: “Tell me if it’s wrong, If it’s right I don’t care”, “Don’t be scared cause I’m your body type”, Even if they judge, fuck it, I’ll do the time, I Just wanna have some fun with you”. O clipe se trata básica e obviamente de uma festa com direito a cena clássica das amigas curtindo num carro conversível. Nada muito conceitual que ninguém consiga entender. Não é um clipe de Sia que você precisa virar o laptop de cabeça pra baixo pra analisar significados.
É marcante um filtro rosa nas imagens, que cumpre a proposta de aquecer o vídeo. Importante destacar que apesar de ser uma música que remete à praia, coqueiros, biquines e sungas, esses elementos não aparecem no videoclipe. Essa ideia foi gasta no lyric video e denota uma versatilidade tanto estética quanto sonora da canção que se adéqua ao dia, começo da tarde e noite perfeitamente. Minha única ressalva em relação ao videoclipe, é que o cabelo da moça, as vezes, parece besuntado em óleo como se ela o tivesse esfregado num galeto frito e cheio de manteiga. De resto, tudo é muito adequado.
É marcante um filtro rosa nas imagens, que cumpre a proposta de aquecer o vídeo. Importante destacar que apesar de ser uma música que remete à praia, coqueiros, biquines e sungas, esses elementos não aparecem no videoclipe. Essa ideia foi gasta no lyric video e denota uma versatilidade tanto estética quanto sonora da canção que se adéqua ao dia, começo da tarde e noite perfeitamente. Minha única ressalva em relação ao videoclipe, é que o cabelo da moça, as vezes, parece besuntado em óleo como se ela o tivesse esfregado num galeto frito e cheio de manteiga. De resto, tudo é muito adequado.
O melhor de tudo é que Demi Lovato parece gostar mais de si mesma, do próprio corpo, passando uma segurança incrível e explorando a sua sensualidade. Todos deveriam lutar pra chegar a esse nível de aceitação. Se for sair pra alguma festa, dá uma olhada no clipe, não liga pra ninguém não, imita Demi Lovato e vai viver. Queira-se. Ah, antes de terminar, lembre-se:don’t tell your mother.
Fonte:Clips&Clipes
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