Oasis: conheça a história por trás das capas dos álbuns



Vinte anos atrás, dois irmãos nascidos em um subúrbio operário de Manchester, uma cidade do norte da Inglaterra, lançaram um dos discos mais marcantes da década de 1990 e contribuíram para popularizar a cena britânica emergente com sua atitude de torcedores de futebol e suas melodias que grudam. Para celebrar o grupo mais icônico do movimento Britpop, a revista NME dedicou uma matéria às capas de discos da família Gallagher e companhia. Com seu estilo baseado na década de 1960 e suas referências aos grandes nomes do rock, o Oasis também marcou seus fãs por sua identidade visual única.
O grupo, que se separou em 2010, após anos de tensões entre seus dois líderes, continua um dos mais venerados no Reino Unido e na América Latina, onde seus integrantes figuram entre as estrelas do rock mais respeitadas dessas últimas três décadas. Rumores de uma volta da banda também continuam alimentando as capas das revistas musicais do mundo todo. Quem nunca sonhou com Noel e Liam se juntando de novo no palco para tocar os maiores hits da carreira do grupo? Enquanto os dois não se decidem, o POP te leva para conhecer os bastidores das capas dos discos do Oasis:
“Definitely Maybe” (1994)
Capa de “Definitely Maybe” (Divulgação)
O álbum de estreia do Oasis conta com os hits “Rock ‘n’ Roll Star”, “Supersonic” e a balada “Live Forever”. A banda, que acabava de assinar seu primeiro contrato com a gravadora Creation, aproveitou seu orçamento limitado para criar uma das capas mais marcantes da metade de década de 1990. A foto de capa do disco foi tirada por Michael Spencer Jones, no apartamento do guitarrista Bonehead, em Manchester. Foi o fotógrafo que, após uma visita à seção sobre o Egito Antigo do Museu de Ciência da cidade, convenceu Liam a deitar no chão. Aparecem na capa um retrato do compositor Burt Bacharach e um pôster do ídolo da torcida do Manchester City, Rodney March.
“(What’s the Story) Morning Glory?” (1995)
Capa de “(What's The Story" Morning Glory” (Divulgação)
Capa de “(What’s The Story) Morning Glory?” (Divulgação)
Lançado 20 anos atrás, o segundo álbum dos britânicos conquistou milhares de fãs com seus hinos pop, como o single “Wonderwall” e a balada elétrica “Champagne Supernova”. A foto de capa do disco foi tirada por Michael Spencer Jones, no centro de Londres, em Berwick Street, no bairro Soho. Os dois homens que aparecem na capa são dois colaboradores próximos ao grupo: o DJ Sean Rowley e o designer gráfico Brian Cannon. “Não se sabe se sabe se os personagens são bons ou maus, amigáveis ou hostis”, comentou o fotógrafo Spencer Jones sobre a capa dos disco mais vendido dos ingleses.
“Be Here Now” (1997)
Capa de “Be Here Now” (Divulgação)
Capa de “Be Here Now” (Divulgação)
Em 1997, o Oasis já havia conquistado o mundo todo, menos a imprensa especializada, que criticava a atitude hooligan dos seus integrantes. Segundo o fotógrafo Michael Spencer Jones, as sessões para imortalizar a banda na mansão de um britânico influente da zona oeste de Londres acabaram parecendo um encontro entre “Alice no País das Maravilhas” e o filme de guerra “Apocalypse Now”. O carro de luxo na piscina, um Rolls Royce, é uma homenagem ao baterista da banda The Who, que influenciou bastante a música do grupo. Um relógio mostra a data de lançamento do disco. Segundo a revista NME, vários objetos que aparecem na capa do terceiro álbum do Oasis foram escolhidos no último momento.
“Standing on The Shoulder of Giants” (2000)
Capa de “Standing On The Shoulder of Giants” (Divulgação)
No pico da sua carreira, os Gallaghers demitiram seu baixista e seu guitarrista originais durante as sessões do álbum mais fraco da sua discografía. Sem “Guigsy” e “Bonehead”, o grupo rapidamente perdeu seus pés do chão e entrou em uma pira muito megalomaníaca. O disco também marca uma nova etapa para a banda, que largou seu logotipo original e adotou uma nova identidade visual, mais norte-americana. A capa de “Standing on The Shoulder of Giants” retrata bem esse momento. A imagem do Empire State Building, de Nova York, é de uma compilação de fotos tiradas a cada 30 minutos durante 18 horas. O resultado foi depois digitalizado.
“Heathen Chemistry” (2002)
Capa de “Heathen Chemistry” (Divulgação)
Capa de “Heathen Chemistry” (Divulgação)
A arte do disco, que recebeu críticas mistas pela imprensa musical, dificilmente conquistou o coração dos apreciadores do Oasis. Mais uma vez, os Gallaghers decidiram abandonar seu logotipo da década de 1990 em “Heathen Chemistry” e investiram em um visual moderno, iniciado em “Standing on The Shoulder of Giants”. A foto de capa foi tirada em Paris, na estação de trem Gare de Lyon, localizada na parte sul da cidade. A foto mostra a banda trocando de trem na plataforma.
“Don’t Believe The Truth” (2005)
Capa de “Don't Believe the Truth” (Divulgação)
Capa de “Don’t Believe the Truth” (Divulgação)
Com sua capa preta e sua arte minimalista, o sexto álbum de estúdio do Oasis mostra que a banda finalmente conseguiu modernizar sua identidade visual com muito estilo. Essa sobriedade também se encontra nas músicas do disco, que conta com as faixas “The Importance of Being Idle” e “Let There Be Love”, duas faixas cujos vídeos contribuíram muito ao successo de “Don’t Believe The Truth”. O disco foi produzido por Dave Sardy, famoso por suas colaborações com outras bandas, incluindo Jet, Red Hot Chili Peppers e Rage Against the Machine.
“Dig Out Your Soul” (2008)
Capa de “Dig Out Your Soul” (Divulgação)
Capa de “Dig Out Your Soul” (Divulgação)
O último disco do Oasis ganhou uma arte muito bacana do artista Julian House. Com muitas cores, a capa é uma colagem inspirada pelo psicodelismo desenvolvido pela banda em faixas como “The Shock of the Lightning” e “Falling Down”. É, sem dúvida, uma das capas mais legais da carreira dos ingleses, que acabou após uma última treta nos bastidores do Festival Rock em Seine, em Paris, em 2010. House ganhou fama no universo do rock inglês por ter ilustrado a capa do álbum “XTRMNTR”, da banda escocesa Primal Scream.


Fonte:Pop.com

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